domingo, 5 de agosto de 2012

E assim de uma hora para a outra, lá estou eu, me sentindo deslocada, como se não fizesse mais parte daquele mundo. Um local onde há tantas das histórias abrigadas. Histórias de anos, e é só eu passar por aqueles portões que me sinto totalmente limitada a uma ou duas pessoas.
É estranho se sentir assim e pra sanar essa solidão toda, para não preocupar ele e não lhe tomar tempo demais, eu finjo estar tudo bem; coloco o velho sorriso-clichê no rosto e tento mostrar que está tudo bem. E funciona muito bem, e talvez, eu ande me acostumando bem com isso.
Não estou mal, não, pelo contrário a vida anda tão bela e feliz, como nunca. Mas essa solidão é a falta me atingindo em cheio. É olhar para cada canto e involuntariamente lembrar de pessoas que sinto falta, lembrar de amigos que estão longe e mais ainda de lembrar que antes eu tinha pessoas para quem correr ali dentro, mas de um ano para outro isso se foi. Eu não estou sozinha, eu sei, eu tenho ele e pessoas que se preocupam comigo (pessoas pelas quais eu sou grata por terem me ajudado desde o começo deste ano), mas a falta das minhas melhores amigas ainda dói. E algo me diz que eu nunca vou suportar essa falta... Sabe eu aprendi a ser muito dependente das pessoas que amo e isso definitivamente, foi um dos meus mais tolos erros; porque agora eu sinto falta daqueles abraços reconfortantes e daqueles sorrisos que me faziam esquecer os problemas, as conversas intermináveis e a promessa do "vai ficar tudo bem"...
Sei lá, tenho muito o que falar sobre isso... Mas são tantas palavras misturadas e embaralhadas dentro de mim, que sinceramente, anda faltando vontade para coloca-las no lugar.
Mas eu estou bem, sei que estou... E definitivamente, eu precisava escrever sobre isso.

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